quarta-feira, 28 de março de 2012

LEVANTE-SE...

É fácil reclamar quando você sofre um desapontamento. 
Fácil e inútil. É fácil encontrar algo ou alguém em quem jogar a culpa. Mas isso raramente melhora a situação.
Quando alguma coisa derrubá-lo, a melhor coisa a fazer é voltar a levantar-se. 

Pessoas de sucesso passam por tantas dificuldades quanto qualquer um, se não mais. A diferença entre o sucesso e o fracasso não é o numero de vezes que você é derrubado.
A diferença esta na velocidade com que você se levanta.
Reclamar e jogar a culpa só faz com que você demore ainda mais para levantar-se. Fazer isso é pior do que desperdício. É totalmente contraproducente.

Quando você se pegar reclamando, pare. Pare, e pergunte-se " O que posso fazer para melhorar esta situação?" Que ações você pode tomar? Que respostas farão a diferença positiva? O que é que fará levantar-se rapidamente?

Deixe os outros reclamarem, jogando a culpa uns nos outros. Existem milhares de pessoas dispostas a fazer isso.
Em vez disso, seja diferente. Levante-se. Focalize sua atenção em avançar e para frente você irá.

Você já esta de pé. Agora é andar, seguir um novo caminho... junto com à esperança que nunca te abandonou.
Vamos!! vou estar em algum lugar... torcendo pelo seu sucesso...

Eu acredito em você...

quinta-feira, 15 de março de 2012

A ENGUIA


A ENGUIA




Ao alvorecer, na pequenina aldeia, à beira-mar, padre João, ainda
estremunhado de sono, vai seguindo a praia branca, a caminho da igrejinha,
que parece ao longe, clara e alegre, levantando no nevoeiro a sua torre
esbelta. Lá vai o bom pároco dizer a sua missa e pregar o seu sermão de
quaresma... Velho e gordo, muito velho e muito gordo, padre João é muito
amado de toda a gente do lugar. E os pescadores que o vêm, vão deixando
as redes e vão também seguindo para a igreja. E o bom pároco abençoa as
suas ovelhas, e vai sorrindo, sorrindo, com aquele sorriso todo bondade e
todo indulgência... À porta da igreja, a Sra. Tomásia, velha devota que o
adora, vem ao encontro dele:
— Padre João! Aqui está um regalo que lhe quero oferecer para o seu
almocinho de hoje...
E tira do cabaz uma enguia, uma soberba enguia, grossa e apetitosa, viva,
remexendo-se.
— Deus te pague, filha! — diz o bom padre, — e os seus olhos fulguram,
cheios de júbilo e gula. E segura a enguia, e vai entrando com ela na mão,
seguido da velha devota. Que bela enguia! e padre João apalpa
voluptuosamente o peixe...
Mas já aí vem o sacristão. A igreja está cheia... A missa vai começar...
Que há de fazer o padre João da sua formosa enguia? Deixá-la ali, expô-la
ao apetite do padre Antônio, que também é guloso? Padre João não hesita:
levanta a batina e com um barbante amarra a enguia em roda da cintura.
A missa acaba. Padre João, comovido e grave, sobe ao púlpito rústico da
igreja. E a sua voz pausada começa a narrar a delícia da abstinência e das
privações: é preciso amar a Deus... é preciso evitar as torpezas do mundo...
é preciso fugir das tentações da carne... E o auditório ouve com recolhimento
a palavra suave do seu bom pároco.
Mas, de repente, que é aquilo? Os homens abrem os olhos espantados;
remexem-se as mulheres, levantando curiosamente os olhares para o
púlpito... É que, na barriga do padre João, debaixo da batina, alguma coisa
grossa está bolindo... E já na multidão de fiéis correm uns risinhos
abafados...
Padre João compreende. Pobre pároco! pobre pároco atrapalhado! cora até
a raiz dos cabelos, balbucia, fica tonto e confuso. Depois, cria coragem e,
vencendo a vergonha, exclama:
— Não é nada do que pensais, filhas! não é carne! é peixe! é peixe! não é
carne!...
E sacode no ar, com a mão tremula, a enguia da senhora Tomásia...





sexta-feira, 2 de março de 2012

Q U AN D O...

QUANDO...

Quando você acordar numa manhã linda e não ficar contente;
Quando alguém sorrir com sinceridade e você não sentir aquela
sensação gostosa no peito;

Quando ouvir uma piada engraçada e não tiver um mínimo de humor  para rir; Quando não souber apreciar uma paisagem, mesmo que  seja um dia nublado de uma cidade poluída;

Quando você ouvir uma bela música e não sonhar;
Quando alguém lhe abraçar e você não perceber
que ali tem uma vida pulsando;

Quando estiver comendo um alimento e não souber
o valor de uma degustação;

Quando você se esquecer de algo legal que lhe aconteceu;
Quando um dia você não mais se apaixonar pelas
coisas que a vida lhe presenteia;

Quando não perceber mais seu coração falando;
Quando naquele momento de silêncio, você não
se notar e achar que é solidão;

Quando não se arrepender das asneiras que você já fez;
Quando achar que é melhor que as pessoas que estão à sua volta e sabe tudo e todos são menos que você;

Quando ler algo que diz coisas maravilhosas e você achar babaquice; Quando você não se preocupar com quem gosta de você; Quando você olhar o céu à noite vendo as estrelas e não sentir aquela saudade e ao mesmo tempo não analisar como as coisas que você almeja são insignificantes perante a natureza;

Quando tudo isso acontecer lamento informar-lhe,
mas você morreu!