sábado, 18 de fevereiro de 2012

O T O L O


O Tolo

                  
Conta-se que numa pequena cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas - uma grande de 400 réis e outra menor, de dois mil réis. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

"Eu sei" - respondeu o não tão tolo assim - "ela vale cinco vezes menos, mas
no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar
minha moeda."


Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: quem parece idiota, nem sempre é. Dito em forma de pergunta:
quais eram os verdadeiros tolos da história?

Outra: se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante, a meu ver, é a percepção de que podemos
estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente
somos.

"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o
idiota diante de um idiota que banca o inteligente".

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